sábado, outubro 13, 2007

Perebadas

O carrapato e a ditadura

Eu fico pensando no caso do senador Renan Calheiro, vulgo o carrapato, que se gruda em alguma coisa e não solta nem a custa de reza brava.
Me lembra o longo fim da ditadura que começou com a distenção e, sem pressa, passou para a abertura, a anistia lenta e gradual seguindo as eleições diretas para prefeitos de capitais, de governadores e, então, a constituinte de 1988.
No caso Renan começou com um longo namoro, uma gestação de 9 meses, o reconhecimento da paternidade da criança, o pagamento da pensão alimentícia com dinheiro do lobista (ou foi da venda de gado?), o favorecimento de uma cervejaria para pagar impostos atrasados, a compra de rádios e jornal em nome de laranjas e, por fim, a espionagem dos senadores Demóstenes Torres e Marconi Perillo. Em relação ao término da ditadura só uma coisa se destaca mais, é o caso da "abertura" da amante para fotos da Playboy que vai deixar muito eleitor carente com a "dita dura".